A Associação Fórum Insurtech Fintech de Portugal / FIF Portugal (FIF) organizou no dia 4 de junho passado o seu 1º Seminário, dedicado a uma temática sobre a qual urge refletir, para melhorar a adequação da resposta da sociedade aos cidadãos nas idades pós-reforma, bem como para estudar os impactos positivos e negativos da inovação na qualidade de vida nessas fases.
Intitulado “Viva a Longevidade com Qualidade – Inovação na saúde, sistema financeiro e habitação”, teve lugar no Auditório da Abreu Advogados, com praticamente encheu, dada a atualidade e interesse dos desafios e oportunidades inerentes.
A decisão de eleger este tema para o 1º Seminário organizado pela FIF Portugal foi unânime entre os seus membros, pelo facto de endereçar os 3 ramos de enfoque da FIF: Seguros, Banca/ Pagamentos e Saúde, e pela sua atual relevância.
Contamos com valiosos testemunhos e insights para refletir sobre as grandes mudanças que marcam estes tempos.
Como referiu Miriam Nicolau da Costa, Presidente da Direção da FIF no seu discurso de abertura, “não devemos adiar discussões alargadas sobre como atuar hoje, para acautelar um futuro na velhice com mais qualidade! Com tanto Buzz e as múltiplas perplexidades em várias geografias, não devemos, de todo, distrair-nos – nem enquanto cidadãos, nem muito menos enquanto gestores. Trata-se de uma franja da sociedade em crescimento acelerado e que já hoje representa 34% da nossa população. O envelhecimento da população e os reflexos nos riscos para a sustentabilidade do sistema nacional de pensões, o aumento da idade média de vida, a baixa natalidade, a emigração dos nossos jovens (embora certo contraponto pela imigração acentuada) desviando o seu contributo para o sistema nacional de pensões e deixando os seus seniores cada vez mais sozinhos, são variáveis em mutação acelerada, interrelacionados e desenhando novos cenários aos quais ninguém pode ficar alheio.
Valdemar Duarte, diretor geral da Ageas Pensões, key note speaker com uma importante apresentação de abertura “Envelhecimento em Portugal: Desafios e Projeções, os pilares do financiamento da reforma”*. Mostrou projeções que demonstram a fragilidade do atual sistema de pensões e prognósticos de que poderemos chegar a 2050 com apenas 1,5 contribuintes ativos por cada pensionista, algo assustador e que poderá conduzir a redução acentuada do valor das reformas. Tal como já acontece em praticamente todos os países europeus, os incentivos a complementos de reforma e fundos de pensões privados não devem ser adiados e avançou um conjunto importante de alertas e sugestões, cuja apresentação vamos partilhar no nosso site. Também as instituições financeiras incumbentes, as insurtechs e fintechs podem ter o seu contributo em novas soluções.
*(Apresentação disponível para os associados da FIF Portugal)
Os 55+ representam hoje de mais de 1/3 da nossa população (e já 46% dos votantes em eleições!), proporção em crescimento acelerado, com vidas cada vez mais longas, mas cada vez mais sozinhas – indicadores frisados pela Carolina Delgado (Ageas Group) – e com detalhe das dificuldades sentidas no relacionamento com o setor financeiro que nos trouxe Natália Nunes (Coordenadora do Gabinete de Proteção Financeira da DECO – Portuguese Association for Consumer Protection): baixíssima literacia (financeira e digital), muitas burlas, sendo particularmente procurados por pessoas em grandes dificuldades económicas.
Para um enquadramento dado de vida voz por Organizações que servem este importante segmento, João Paulo Matos, Presidente do Conselho Consultivo da FIF e membro do seu grupo Insurtech, moderou a mesa-redonda 1, alusiva a inovação na Habitação, Autonomia e Comunidade para este segmento.

Como a Dra. Anabela Paixão da APRE! Associação de Reformados referiu, se existe no governo um Ministério dedicado à Juventude, não fará cada vez mais sentido haver um departamento governamental, ao nível de Secretaria de Estado, dedicado aos “Mais Velhos” que já representam ¼ da população? Lembrou ainda a importância de respostas locais, que permitam às pessoas mais velhas permanecer nas suas casas e/ ou comunidades, promovendo a autonomia e evitando o isolamento. Neste contexto, a APRe! tem defendido a criação de um Sistema Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas Mais Velhas, com uma rede de apoio ao nível do poder local, com representação judicial, da Segurança Social, do Serviço Nacional de Saúde, das forças de segurança e, eventualmente, de outras entidades que prestem serviços de proximidade a esta população.
Lembramos que a Banca, as gestoras de Cartões de Pagamento e os mediadores de Seguros, com a sua proximidade ao cliente final, poderão aqui ter um papel bastante mais importante do que aquele a que hoje já se assiste, sobretudo na literacia financeira. Quanto à educação digital de seniores, foi referido o projeto #EuSouDigital, lançado em 2017, em que houve a captação de voluntários juniores para prestarem a formação.
A 55+, mostrou a importância de soluções de inclusão social que aumentem a felicidade e os rendimentos extra dos seniores: Flàvia Bravo, diretora geral, explicou que esta associação “coloca” no mercado os talentos dos seus associados para trabalhos eventuais, um contributo muito interessante para o combate ao “#idadismo”.
Pedro Almeida Cruz, fundador do projeto Empathia, veio explicar que, para além de soluções do #coliving sénior, que cada vez mais estão a surgir pelo mundo fora, o conceito introduzido pela sua startup permite que a comunidade sénior possa optar pelo modelo de “#ageing in place”, financiado pela venda da sua própria casa, sem que tenham de deixar de viver nela. Este modelo, agora apresentado de forma inovadora ao mercado, está baseado num direito real previsto no Código Civil – a reserva de usufruto vitalício -, pelo que oferece total segurança a quem opta por esta solução.
*(Luis Téllez de Meneses lembrou que em tempos idos, era a tribo/família a cuidar dos mais velhos e hoje há uma certa inversão…referiu Marta Graça Ferreira, Presidente do Conselho de Administração da REAL VIDA Seguros, que realçou sermos um país de proprietários, corroborado pela DECO: 70% dos seniores que recorrem à sua linha de apoio, é proprietário de imóvel!).
As necessidades de Assistência aos Seniores que particularizam o avançar da idade nos muitos casos com perda de mobilidade ou capacidades cognitivas, é outro grande prisma incontornável e foi tema particular da mesa-redonda 2, moderada por Nuno Sapateiro, Presidente da Assembleia Geral da FIF e membro do seu grupo Insurtech, bem como Partner na Abreu Advogados.
O número atual de cuidadores formais é claramente insuficiente para as necessidades, bem como os lares, em particular os de pernoita e nas grandes cidades. É um drama e os preços ficam também muito inflacionados, mas em si uma oportunidade de negócio e um drive para serem desenvolvidas inovações em assistências e conectividades digitais que liguem entre si seniores, sensores/WiFi de medições, cuidadores, familiares e clínicos.

É o caso da Sioslife, uma plataforma digital de referência na área do envelhecimento, com presença em centenas de lares em Portugal e Espanha. Partindo da premissa de que o domicílio será o novo centro de cuidados, a Sioslife trabalha para garantir que as pessoas mantêm a sua autonomia, segurança e ligação às famílias, amigos e serviços. A sua solução integra cuidados formais e informais, promove a socialização e permite um acompanhamento remoto mais eficiente, com impacto comprovado na redução de custos operacionais e na melhoria da qualidade de vida dos adultos mais velhos, como nos explicou o CEO desta interessante Startup, Jorge Oliveira.
A revolução implica inovação em todo o ecossistema “prestadores, seguradores, resseguradores”, como frisou João Horta e Costa, CCO da Europ Assistance. Das coberturas já existentes com crescente uso destaca a entrega de medicamentos ao domicílio, vídeo consultas e apoio psicológico, vídeo despiste de avarias na assistência lar, algo que tem tido excelente acolhimento entre os seniores.
Natália Nunes da DECO , já atrás referida, apresentou uma riquíssima caracterização dos 55+ que pedem apoio ao Gabinete de Proteção Financeira e das dificuldades sentidas por estes, quer em termos financeiros, quer de entendimento de soluções financeiras. Referiu também que estes reclamam de seguros caros, difíceis de entender e denotam muito desconhecimento das soluções que existentes.
Na 3ª mesa-redonda, moderada por Paulo Bracons, Presidente do Conselho Fiscal da FIF e membro do seu grupo Insurtech, falou-se também da inovação necessária nas SOLUÇÕES disponíveis no mundo dos seguros e banca e na sua divulgação, que em si parece dever merecer novas abordagens para chegar com eficiência a clareza aos seniores que estão muito mais no mundo digital do que se possa pensar, ainda que cerca de 50% ainda estejam ausentes.

A CEO da Real Vida Seguros, S.A., Marta Graça Ferreira, apresentou um vídeo resumo do estudo da #Harvard que seguiu e ainda segue durante décadas um conjunto diversificado e alargado de pessoas para tentar correlacionar cientificamente a razão da sua Saúde e Felicidade na #silverAge. Uma das principais conclusões é que A FELICIDADE, E ATÉ A SAÚDE, NO FIM DE VIDA, ESTÃO DIRETAMENTE INDEXADAS ÀS BOAS RELAÇÕES AO LONGO DA VIDA, NA VIDA PRIVADA E EM COMUNIDADE. Frisou então a importância em adequar as respostas cada vez mais numa lógica LIFE CENTRIC e construídas numa visão integrada com um mix de coberturas de Saúde, Acidentes, Vida, Assistência e Poupança
Lembrou ainda que o prazo dos empréstimos bancários e dos seguros de vida associados hoje em dia já vão até aos 85 anos, e que para alternativa aos formatos de seguros de saúde com preços complexos para os mais velhos (alguns hoje já vitalícios), o setor tem soluções de seguros de saúde com acesso a redes de prestadores que no caso da Real Vida permitem consultas com um copagamento fixo de 20 euros a por um prémio mensal bastante acessível.
Destacou como principais eixos transformadores da atualidade para uma seguradora de Vida, não só o assinalável incremento de longevidade, como a transferência de riqueza entre gerações, mesmo na classe média, que culturalmente em Portugal é proprietária de imóvel. Nestes casos os Fundos de Pensões da Real Vida são a opção de investimento, no momento em que os clientes mais seniores decidem “transformar a sua casa na sua reforma” aquando da venda do imóvel.
Carolina Delgado, que lidera a iniciativa estratégica de Ageing no Grupo Ageas Portugal, referiu que entender os clientes, as suas necessidades, oportunidades de personalização e consequente reformulação de produtos e serviços é um caminho que o Grupo Ageas Portugal tem feito com uma consistente aposta no Ageing, desde 2017. Referiu diversas soluções da seguradora pensadas especificamente para os clientes que pretendem proteger o seu futuro, com flexibilidade para adaptarem os produtos que subscreveram (caso do Rendimento Flexível para reformados), aplicarem o valor de venda da 1ª habitação com isenção sobre as mais valias (produto Rendimento Flexível Mais Valias, disponível para reformados), bem como seguros de saúde desenvolvidos para garantir a proteção e assistência para os mais velhos (Médis Vintage). E porque não um seguro de acidentes pessoais para clientes 55+ e com serviços associados (ex: lavandaria), como é o caso do Volta 55+? E porque não um plano de poupança para financiar o seguro de saúde na reforma?
Ana Carvalho, diretora geral adjunta da MGEN Portugal, reiterou a necessidade de maior adaptação e focou o caráter inovador de base desta seguradora, por ser a única com princípios mutualistas, “porta aberta para toda a população, sem limites de idade ou controlo de pré-existências”, e que passaram a incorporar custos com unidades de cuidados continuados. Testemunha também a recetividade dos seniores a atendimento de clínica geral e mental por vídeo consultas.
Luis Téllez de Meneses, diretor de Business Development na Munich Re de Madrid e Rodrigo Rueda Moltó da consultora de Madrid Sopra Steria Next, apresentaram as principais conclusões do interessantíssimo estudo – RELATÓRIO TELESCOPE, LEADING THE TRANSFORMATION OF THE SILVER ECONOMY – elaborado em conjunto pelas duas instituições, com o objetivo de disponibilizar ao mercado um framework para uma segmentação muito detalhada e multicritério da silver age, com várias ideias lançadas ao nível de soluções.

Foram ainda abordadas as inovações na saúde na mesa-redonda 4, moderada por Paulo Padilha membro da Direção da FIF e Presidente do seu grupo Insurtech.

Marta Martins, diretora executiva do cluster de novos negócios da CUF – Hospitais e Clínicas, referiu que face ao ritmo de potenciais inovação, o próprio processo/organização para a inovação dentro das organizações tem de ser revisto e adaptado. Marta deu nota de várias inovações já implementadas ao nível do atendimento, com bastante sucesso como por exemplo:
- Neste âmbito, a “Clara, Assistente Ai” que liga aos recém-operados com um conjunto de questões e reporta as respostas aos enfermeiros, já evidenciando situações mais urgentes/críticas; todas as infos ficam em base de dados permitindo trabalho estatístico com relevância para posteriores tomadas de decisão para melhorias;
- Unidades com acompanhamento de internados em casa, diminuindo a taxa de infeções e aumentando o conforto (reduziu até a duração média dos internamentos!); vão começar a introduzir sistemas de telemonitorização à distância para algumas situações, reduzindo a premência de visitas diárias.
Ricardo Matias da startup Kinetikos Health apresentou a mais recente solução da Kinetikos Health, capaz de quantificar remotamente, em menos de um minuto e sem recorrer a qualquer wearable, o risco de queda em pessoas com mais de 65 anos. Utilizando inteligência artificial e certificado como dispositivo médico, o sistema gera programas personalizados para realizar em casa, capazes de prevenir pelo menos uma em cada quatro quedas.
Jose Bastos, co-fundador e CEO da knokcare, empresa que começou com o conceito de serviços de saúde on demand e evoluiu para um modelo de clínica de saúde digital, suportada por vídeo consultas médicas, sendo hoje o maior operador em Portugal e estando já internacionalizada. Também no seu caso, os dados anonimizados, recolhidos pelos médicos ou partilhados pelos pacientes no inovador portal de apoio às vídeo consultas, potenciarão a investigação e avanços científicos no conhecimento. Com uma equipa de investigadores e data scientists, a empresa prevê ampliar utilização do AI em vários pontos da jornada dos pacientes e por inerência o respetivo valor. José Bastos reiterou a excelente recetividade dos seniores às vídeo consultas, muito acima de receios iniciais. Na sua opinião, o covid catalisou a aceitação destas tecnologias, e a revolução da longevidade favorecem-nas, até porque não acredita que o número e a dispersão geográfica de médicos para consultas presenciais será sempre insuficiente.
Rodrigo Rueda Moltó Diretor de Seguros da consultora Sopra Steria, em Madrid, reiterou a notável revolução que se está a observar a nível mundial nas inovações tecnológicas para a saúde e destacou a importância da utilização de startups em modo SaaS. Salientou ainda a importância da cocriação e da integração de diferentes propostas de valor na SuperApp.
Nos discursos de abertura e encerramento, Miriam Nicolau da Costa, Presidente da Direção da FIF destacou, que relativamente às ideias e potencialidades de inovar na saúde os pitchs de insurtechs no mundo atualmente envolvem maioritariamente caso aplicáveis à saúde, as healhtech, e em geral, para os setores dos seguros, banca, pagamento e saúde, quase a 100% novas aplicações do AI.

Frisou que é missão da FIF estudar e debater as disrupções, procurando acarinhar as inovações, apoiando na estratégia e operacionalização e aproximando-as de incumbentes e investidores nacionais e internacionais. E incentivou os empreendedores ao enfatizar que o nível de apetência por novas soluções tecnológicas sustentáveis e “compliantes” é elevado em muitos quadrantes:
– Na mais-valias para o consumidor no acesso aos serviços e servicing:
- ao nível da rapidez e transparência e apoio à literacia na subscrição de serviços financeiros e acesso a cuidados de saúde;
- na facilitação e rapidez na consulta, em alterações/resgates, participação e acompanhamento de sinistros, relatórios de exames médicos, upload de dados de saúde
- na divulgação, designadamente com conceitos de afinidade;
– Na melhoria de preço e conforto e saúde, e produtividade para os seguradores:
- pela inovação nos diagnósticos mais precoces com recursos de meta dados/AI
- pela inovação nas apps de recuperação ou retardamento de evolução de doenças ao nível cognitivo e motor, ligadas a clínicos e fisioterapeutas
- pela inovação na prevenção de quedas
- …
Enfatizou também que a disrupção tecnológica que hoje vivenciamos, com a abrangência crescente da AI, implica muita reflexão ética, gestão de novos riscos e impactos no mundo laboral, mas traz em si um novo mundo apaixonante e que muito poderá ajudar nas dificuldades de literacia atuais e na melhoria da qualidade de vida. E sobre a responsabilidade social e ética que deve andar de mãos dadas com a inovação, enquadrou um extrato do livro a Origem do Dan Brown:
“Os seres humanos estão a evoluir para algo diferente. Estamos a tornar-nos uma espécie híbrida, uma fusão de biologia com a tecnologia. As mesmas ferramentas que atualmente vivem fora dos nossos corpos, smartphones, aparelhos auditivos, óculos para ler, a maior parte dos produtos farmacêuticos, centro de cinquenta anos serão incorporados nos nossos corpos de tal forma que deixaremos de poder ser considerados “Homo Sapiens”.
“Que as nossas filosofias acompanhem sempre as nossas tecnologias, que a nossa compaixão acompanhe sempre os nossos poderes. E que o amor, e não o medo, seja o motor da mudança.”
Que a grandeza seja sempre tão pesada quanto a responsabilidade e a ética.
Convidamos todos a consultarem o site da FIF Portugal. Precisamos de associados curiosos como nós. Como associação sem fins lucrativos e subsidiação, só existimos com o contributo dos Associados:
- Estamos convictos da utilidade da nossa missão, com o fim maior de promover ética e sustentabilidade na inovação em Portugal, melhorando a literacia e resposta sustentável aos consumidores, bem como a produtividade das Instituições
- Estamos perante uma sociedade com novos contornos e a viver uma “revolução industrial” com impactos que desafiam a nossa imaginação
- É fulcral incentivar a reflexão e o debate, de modo a assegurar a sustentabilidade, a ética e a responsabilidade social das inovações.
Agradecemos uma vez mais a todos os oradores o excelente contributo para a qualidade que vimos por muitos reconhecida deste Seminário, aos nossos Associados em particular nossos REFERENCE PARTNERS que são atualmente a Abreu Advogados, a MGEN e a PwC Portugal.
Contamos com o vosso apoio e adesão à FIF Portugal, associação sem fins lucrativos.


